Benefícios dos ácidos para a pele no Inverno
Dermatologista explica os benefícios dos peelings químicos para o tratamento de manchas, rugas, cicatrizes e acnes durante o inverno.
Ter uma pele linda e renovada é o desejo de muitas mulheres. Para isso, o uso de ácidos é frequentemente recomendado, principalmente no inverno. Embora muitos não gostem da estação, a temperatura mais baixa faz com que essa seja a melhor época do ano para se submeter a procedimentos estéticos relacionados à pele, como peelings, preenchimentos, lasers, toxina botulínica, além da utilização de ácidos fortes.
Segundo a dermatologista Joana Barbosa, os peelings químicos consistem na aplicação de agentes que destroem as camadas superficiais da pele, seguindo-se, então, da sua regeneração, com uma aparência geral melhorada. “É uma forma de esfoliar e acelerar a renovação da pele. Pode ser superficial, médio e profundo. Os peelings superficiais precisam ser feitos em séries, e sua descamação costuma ser fina, enquanto os médios e profundos são realizados em aplicações únicas, com descamação mais intensa e formação de crostas. Cada paciente deve ser avaliado pelo dermatologista que indicará o melhor tratamento”.
Confira alguns dos agentes utilizados para a realização dos peelings químicos:
- Fenol –é indicado para tratar o envelhecimento da face quando existem muitas rugas e a pele é muito clara; porém é necessária uma avaliação cardiológica, pelos possíveis efeitos colaterais;
- Ácido tricloroacético (ATA) –pode ser combinado com outros agentes para a realização de um peeling médio no tratamento de rugas e cicatrizes;
- Ácido salicílico –utilizado para a realização de peeling superficial, com melhora do aspecto da pele, redução das rugas finas e manchas, além de auxiliar no controle da acne;
- Solução de Jessner e ácido glicólico –também usados para peeling superficial ou médio (neste caso combinados com o ATA), principalmente para o tratamento de rugas finas, manchas e acne;
- 5-fuoruracil (5-FU) –combinado com a aplicação prévia da solução de Jessner ou do ácido glicólico para o tratamento de queratoses actínicas múltiplas ou campo de cancerização;
- Ácido retinoico –mais usado em creme no tratamento domiciliar do envelhecimento da pele; resultados satisfatórios no tratamento adjuvante da acne, melasma e envelhecimento cutâneo.
A dermatologista lembra que os peelings químicos são contraindicados nos seguintes casos: exposição solar frequente, gravidez, presença de “ferida” aberta no local a ser tratado, estresse físico e mental ou apresentar hábito de “cutucar” a pele. “As expectativas devem ser condizentes com o resultado esperado para cada tratamento. Proteção solar adequada é imprescindível após o procedimento”, afirmou Joana.
Ela conta que nos dias após a realização do peeling superficial, a pele fica levemente avermelhada e que dois/três dias após, começa uma descamação fina que dura de 3 a 5 dias. “Os resultados começam a ser percebidos logo após o primeiro tratamento com a melhora da textura da pele, coloração, uniformidade e atenuação das manchas e rugas mais finas. Os peelings médios e profundos apresentam recuperação com crostas mais aderentes e escuras. O quadro se inicia 12/24hs após a aplicação das substâncias e pode durar até 10 dias. Esses procedimentos invasivos exigem indicação e aplicação apenas por dermatologista”, garantiu a médica.
Além da aplicação dos peelings, a especialista ressalta que o tratamento deve continuar em casa. “O uso de ácidos é indicado diariamente ou em dias alternados, aplicados pelo próprio paciente, são importantes como manutenção dos procedimentos realizados e prevenção do envelhecimento. Nesses casos, podemos utilizar ácido retinoico, ácido glicólico, alfa-hidroxi ácidos, entre outros. Cada paciente terá uma indicação e recomendação de uso de acordo com o tipo de pele”, explicou.